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O Discurso Manipulador do Padre Rossi

 

Pregado nos Exercícios Inacianos para as SSVM - Outubro 2021:

O padre Rossi divide o seu discurso em duas partes: a primeira é a narração dos inícios da Companhia de Jesus e seus documentos, onde faz uma constante comparação do Verbo Encarnado com a Companhia de Jesus, citando a Santo Inácio de Loyola. E na segunda parte una explicação de duas citas do Codigo Canônico.

- Primeiro deve dizer-se que esta palestra foi feita num Exercício Inaciano, não se deveria utilizar os EE para outros fins que não a pregação dos proprios textos de Santo Inacio; segundo, uma "palestra" deste tipo mereceria uma boa dosis de perguntas por parte das irmãs, pois são temas fundamentais não somente no que se refere a vida religiosa dentro do Verbo Encarnado, mas o mais importante, a vida religiosa em si, mas como sempre acontece todas as irmãs riem e consentem, sem espaço a nenhuma pergunta. Muito fácil adoutrinar desta maneira, fácil uma palestra deste tipo feita em um retiro e em silêncio. Os exemplos colocados pelo padre Rossi são, inclusive, infantis, demasiado óbvios, para provocar mais risadas que levantar questões sérias e racionais -coisas que a eles não lhes interessam!-

- Por que o sim a Jesus de um jesuíta e de um membro do Verbo Encarnado é diferente do sim de outros religiosos? Segundo o Padre Rossi, porque os jesuítas tinham de viver e trabalhar em companhia uns dos outros, por isso ele diz na sua palestra:
"Fundámos uma Companhia a fim de levantarmos juntos essa pedra, por isso, para um bom jesuíta dizer sim a Jesus é dizer sim à Companhia, mas como companheiro, não como empregado ou como mero membro. O tema da companhia no seio dos Jesuítas é muito forte, por isso é a Companhia de Jesus. Bem, e a ideia é que nós do Verbo Encarnado ou Servidoras do Senhor fazemos exactamente o mesmo, ou seja, para nós é exactamente o mesmo".

Os religiosos de cada congregação vivem em comunidade, trabalham em unidade, em companhia uns dos outros, qual é a diferença?

- Depois de citar um parágrafo dito por Santo Inácio: ..."é necessário que todos nós sintamos que somos os menores e os servos de todos os outros religiosos a quem devemos olhar e venerar como superiores e que isto nos deve consolar muito".

O Padre Rossi diz a este respeito: "Interessante, os Jesuítas eram servos de todas as outras Congregações e consideravam-se assim, e Santo Inácio calificava-se de mínima quanto mais importante era missão, ele insistia que a Companhia era mínima".

Claro que vale a pena mencionar aqui tudo o que é ensinado aos membros assim que entram no EV, o desprezo pelo movimento carismático dentro da Igreja, o desprezo pelas palavras ditas muitas vezes pelo próprio fundador sobre padres sem batina ou hábitos; sobre as freiras que já não usam o seu hábito original, e por isso perderam o seu carisma, que Deus já não as abençoa com vocações, que perderam a sua alegria, e que segundo o próprio Padre Buela são "as viúvas de Cristo".

Faz apenas alguns dias, um seminarista tinha dito de forma risonha sobre as Visitadoras nomeadas pela Santa Sé para as SSVM: "O quê? Essas vêm em hábitos ou disfarçadas", e frases como: "freiras progressistas" já começaram a circular; coisas que dizem agora? Não! São frases ditas pelo padre Buela e pelos superiores e repetidas pelos membros desde a fundação. Esta falta de respeito por outros religiosos vai muito além das palavras de Santo Inácio de Loyola e da tentativa do Verbo Encarnado de ensinar o que não praticam.

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Amor à Congregação - Padre Pablo Rossi

O nome da palestra é 'Amor à Congregação', consta simplesmentede duas partes, a primeira parte são textos que contam a história e as anedotas da fundação dos jesuítas e a segunda, um comentário sobre dois cânones do Código de Direito Canônico.

A ideia é mostrar como a Companhia de Jesus é a resposta que Santo Inácio dá ao próprio Jesus quando ele medita sobre o Chamado do Rei. Jesus o chamou e disse sim, fundando a Companhia, e no caso da Companhia de Jesus isso implica não apenas o sim de Santo Inácio e de cada Jesuíta que entra na Companhia, mas a maneira de dizer sim a Jesus estando em companhia. Es dizer, é um grupo de religiosos que dizem sim a Jesus estando juntos, um jesuíta entra na Companhia e diz sim a Jesus, não como qualquer outro outro religioso diz sim a Jesus alimentando aos pobres ou diz sim a Jesus visitando os prisioneiros aos doentes, a maneira como um jesuíta diz sim a Jesus é uma maneira mais particular, porque para dizer sim a Jesus um jesuíta precisa da ajuda de seus companheiros, porque o que Jesus pede a cada jesuíta é algo que eles não podem fazer sozinhos, é um trabalho que só pode ser feito em companhia, essa é a idéia! Por exemplo: Não é o mesmo que você diga sim a Jesus e que seu chamado seja para servir em um certo Instituto religioso e que seu trabalho concreto nesse Instituto seja, por exemplo, ser cozinheiro, é um trabalho que você fará sozinho, de modo que o chamado que Jesus faz a você é algo que você pode fazer sozinho, ao contario Jesus pede aos jesuítas que façam algo que eles não podem fazer sozinhos e que sim ou sim, necessariamente tem que ser feito em companhia. É como se Jesus pedisse a cada um deles levantar uma pedra de mil kilos, impossível! Então, o que temos que fazer é levantar juntos essa pedra de mil kilos e desta forma o chamado de Jesus é cumprido, mas é um chamado que só pode ser cumprido juntas, entre todas, essa é a idéia!

Fundamos uma Sociedade a fim de levantarmos juntos aquela pedra, portanto, para um bom jesuíta dizer sim a Jesus é dizer sim à companhia, mas como um bom companheiro, não como um empregado ou um mero membro. O tema do companheirismo dentro dos Jesuítas é muito forte, por isso é chamda a Companhia de Jesus.

Bem, e a idéia é que nós do Verbo Encarnado ou Servidoras do Senhor fazemos exatamente o mesmo, ou seja, para nós é exatamente o mesmo! Não vamos demonstrar aqui esta tese no que diz respeito aos jesuítas, vamos simplesmente mostrá-la, ou pelo menos sugeri-la, lendo alguns textos de testemunhos desta fundação. Algumas das leituras que utilizaremos são, alguns que foram escritos pelos fundadores e outros por comentaristas: (De Tejada, 2002; Arrupe, 1970; Laínez, Polanco, Nadal; Capítulos Gerais dos Jesuítas, etc.).

1. A Companhia de Jesus é o resultado do amoroso chamado de Jesus presente em seu vigário para aquele grupo de amigos no Senhor e sua resposta incondicional a esse chamado abrangente, ou seja, Jesus chama em seu vigário, no Papa, e o Papa se dirige a um grupo de amigos e diz: "Eu preciso que vocês façam isso...", vemos aqui que o Papa se dirige a um grupo. Por sua vez, Inácio seguía o espírito e não se adiantava e desta forma foi conduzido suavemente para aonde não sabia, não pensava naquele preciso momento em fundar uma Ordem, no entanto pouco a pouco o caminho foi abrindo-se a ele e ele o percorria, sabiamente ignorante, simplesmente colocando seu coração em Cristo, não se adiantava, mas ia ouvindo o que Cristo lhe pedia e ia cumprindo sabiamente ignorante, tanto que o nome 'Compañia de Jesus' já estava presente antes da fundação, pois no começo eles eram apenas um grupo de amigos.

Em Vicenza, no final de 1537, foi proposto a questão do nome a ser dado àquele que deveria ser designado quando alguem perguntasse quem eram, e pelo testemunho de Polanco pode-se deduzir que o co-nome da 'Companhia de Jesus' foi anterior à primeira idéia concreta de fundar um novo Instituto Religioso.
A história é esta: Diz Laínez: "Quando nosso padre Inácio veio a Roma junto com o padre Fabro e comigo -outubro de 1537- alguns dias depois também vieram os outros primeiros padres, o padre (Inacio) não sabendo como proceder, ordenou que, para acertar este assunto, se rezasse e se celebrassem missas diariamente para que Deus inspirasse o que deveria ser feito, depois houve consulta entre nós sobre algumas coisas. O primeiro tema a tratar foi se deveria ser fundada uma Congregação...., vejam como surgiu, vejam que imaginem a composição do lugar: todos juntos, esse grupo de padres, pois jà celebravam missas. E continua: ...unanimemente eles disseram que sim! Depois discutiram a pobreza, especialmente os principais pontos dela, também a obediência e a castidade, obviamente não a pobreza, a obediência e a castidade em abstrato, mas como eles viveriam. Disse, então, que era sua opinião que a Congregação deveria ser chamada de 'A Companhia de Jesus' e se nos parecia bem a todos. E tendo sido respondido que estávamos todos de acordo, ele a propôs à Santa Sé Apostólica, que a aprovou. E esta foi a origem primordial deste santo nome. A primeira razão pela qual nosso padre lhe deu este nome foi por causa do que vou agora dizer: quando vínhamos a Roma no caminho de Siena, nosso padre, como alguém que tinha grandes sentimentos espirituais, especialmente na Santíssima Eucaristia que recebia todos os dias das mãos do Mestre Padre Fabro ou das minhas mãos, que eramos os que celebravamos a Missa todos os dias, quando ele não o fazia, disse-me que lhe parecia que Deus lhe imprimia no coração estas palavras: Ser-lhe-ei favorável em Roma. Estes três  caminhando em direção a Roma e Jesus lhe dizia: "Serei favorável a vos em Roma".

E nosso padre, sem saber o que poderia significar, me disse: "Eu não sei o que será de nós, talvez sejamos crucificados em Roma". Em outra ocasião, ele me disse que lhe parecia que via Cristo com a cruz sobre os ombros e o Pai eterno ao seu lado dizendo-lhe: "Quero que você tome este homem como seu servo". Isto é, Deus estava dizendo a Jesus que queria que Jesus tomasse Inácio como seu servo, e que Jesus o recebia como tal enquanto lhe dizia: "Eu quero que nos sirva", e por esta razão, tomando grande devoção a este nome santíssimo, ele queria que a Companhia fosse chamada de "A Companhia de Jesus".

Outro testemunho: E antes de chegarem a Roma, tomaram o nome de 'Companhia de Jesus', e enquanto discutiam entre si de como se  chamariam a si mesmos quando fossem perguntados que Congregaçao eram, que consistia de 9 ou 10 pessoas, começaram a rezar e a pensar em que nome seria mais conveniente, e vendo que não tinham uma 'cabeça' entre si, nem nenhum outro superior além de Jesus Cristo a quem apenas desejavam servir, pareceu-lhes que deveriam tomar o nome daquele que era sua cabeça. Inácio teve tantas visitas Daquele cujo nome levavam e tantos sinais de Sua aprovação e confirmação deste nome que o ouvi dizer ao mesmo que  pensava que estava indo contra Deus e o ofenderia se duvidasse que este nome fosse adequado. Disse-lhe e lhe escribi sobre a mudança porque alguns diziam que nos equiparávamos a Jesus Cristo como seus companheiros e camaradas e outras coisas, e ele me disse que se todos os membros da Companhia  julgassem juntos que este nome deveria ser mudado, ele nunca concordaria, pois como está nas constituições que se um membro discorda, nada deve ser feito, è dizer, este nome nunca será mudado em seus dias. Inácio estava certo de que esta era a vontade de Deus. E esta certeza inabalável é o que Padre Inácio costumava ter em coisas que são superiores à maneira humana, e assim, em tais coisas, ele não cedeu a nenhuma razão.

Não dizemos Companhia de Jesus como se nos arrogássemos o título de companheiros de Jesus, mas a forma como uma Companhia ou tribunal militar normalmente tira o nome de seu capitão é neste sentido como nós, por Institutos, desejamos seguir nosso capitão, portanto seu significado não é o de companheiros de Jesus, mas o de companheiros a serviço de Jesus. Santo Inácio nunca fala de companheiros de Jesus, mas de amigos no Senhor.

Nosso reverendo padre, diz outro testemunho, por sua própria iniciativa, propôs a todos os seus companheiros e lhes pediu sinceramente que, antes de tudo e sem nenhuma constituição, nossa empresa fosse chamada de Companhia de Jesus, o que agradou a todos.

Nadal diz: O fundamento da Companhia é Jesus Cristo com a cruz para a saúde das almas como foi mostrado ao nosso abençoado padre quando Deus Pai o colocou com seu Filho - ele se refere a essa visão, essa visão é fundamental: o padre, Cristo crucificado e Deus Pai que pede a Cristo que tome Inácio como seu servo. Daí que a Companhia, por ser Jesus Cristo nosso fundamento e capitão a quem devemos imitar espiritualmente, sobretudo em sua mansidão e humildade, é chamada de A Mínima Companhia de Jesus. Deve-se notar que o Padre Inácio costumava chamar assim A Minima Companhia de Jesus em assuntos de maior importância e quando escrevia a um príncipe; e é necessário que todos nós nos sintamos assim, que somos os menores e os servos de todos os outros religiosos a quem devemos olhar e venerar como superiores, e que isso deve nos consolar muito. Interessante, os Jesuítas eram servos de todas as outras Congregações e se consideravam assim, e Santo Inácio falava de mínima quanto mais importante era a missão, ele insistia que Minima era a Companhia.

As Constituições sempre falam do companheiro e dos companheiros e sempre que falam do companheiro ou dos companheiros se referem aos jesuítas como companheiros de outros jesuítas, nunca designam o jesuíta como companheiro de Jesus, esta denominação que certamente pressupõe a união íntima com Cristo, o chefe ou líder da Companhia, significa sem dúvida companheiros de outros jesuítas a serviço de Jesus.

Segundo o Capítulo Geral n. 34, os primeiros jesuítas - no final do século passado - seriam enviados, na medida do possível, em grupos de pelo menos dois, seguindo o exemplo de Jesus, mas mesmo quando fossem dispersos os laços de união com os superiores e entre si permaneceriam fortes através da comunicação constante e das cartas incitadas por Inácio e, de forma especial, através do relato de consciênciaXavier, atarefado e longe de Roma, nas Índias, diz de forma sucinta: "Companhia de amor". Como Santo Inácio insistiu que eles eram companheiros e que a companhia tinha que ser preservada, mesmo que dois ou um fossem enviados para longe, eles ainda eram companheiros e sua companhia era a 'Companhia de Jesus' e não simplesmente outro jesuíta ao lado deles.

Os jesuítas de hoje estão unidos porque cada um de nós ouvimos o chamado de Cristo, o rei eterno, e desta união com Cristo flui necessariamente o amor mútuo, não somos meramente companheiros de trabalho, somos amigos no Senhor. A comunidade a que pertencemos é todo o corpo da Companhia, espalhado como está sobre a face da terra. Como seu conceito de companheirismo é muito forte, eles têm necessariamente que manter essa amizade entre si, essa unidade entre si para cumprir sua missão. Estes são os jesuítas!

 

2.  Nesta segunda parte comentaremos dois cânones, em primeiro lugar, o cânon 577. Na Igreja existem muitos Institutos de vida consagrada que receberam diferentes dons, segundo a graça própria de cada um, porque seguem Cristo mais de perto, seja quando rezam, seja quando anunciam o Reino de Deus, seja quando fazem o bem às pessoas, seja quando vivem com elas no mundo, embora sempre cumprindo a vontade do Pai, então o que diz o cânon 577? que na Igreja existem muitos Institutos de vida consagrada que recebem diferentes dons, e de acordo com estes diferentes dons seguem a Cristo de perto, mas cada um de uma maneira diferente; um jesuíta segue a Cristo de uma maneira diferente que um dominicano, de uma maneira diferente que um franciscano, de uma maneira diferente que um carmelita, de uma maneira diferente como uma freira ae Madre Teresa; todos seguem a Cristo de perto, mas cada um de uma maneira diferente, de acordo com a graça própria de cada um, de tal forma que Deus dá graças diferentes a cada Instituto para seguir a Cristo de perto, de acordo com uma maneira particular. Uns orando, outros proclamando, outros fazendo o bem às pessoas, outros vivendo com eles no mundo, sempre cumprindo a vontade do Pai. Este é o cânon 577.

 

Cânone 578: "todos os Institutos devem observar fielmente a mente e o propósito dos fundadores", note-se que não é por acaso. Os cânones não foram postos ao azar e colocados de modo desordenados,  seguem uma ordem precisa. O cânon 577 disse que cada um têm seus dons particulares, o cânon 578 diz que todos os Institutos devem observar fielmente a mente e os propósitos dos fundadores corroborados pelas autoridades eclesiásticas competentes, onde está sua missão própria, suas devidas graças, sua maneira própria de se unir a Cristo. Tudo isso está na mente e nos propósitos dos fundadores aos quais você tem que ser fiel, mas exatamente sobre o quê devemos ser fiéis? Sobre o tipo de alimento que você tem que comer? Não! Sobre pontos específicos e importantes, ou seja sobre a mente e os propósitos dos fundadores, sobre a natureza, propósito, espírito e caráter de cada Instituto. Em outras palavras, o fundador quis para o Instituto uma natureza, um propósito, um espírito e um caráter, e você tem que ser fiel a isso; assim como as suas sadias tradições, todas elas constituem o patrimônio do Instituto. É isso!

O cânon 577 diz que "os diferentes Institutos diferem uns dos outros porque recebem dons diferentes do Espírito Santo, cada Instituto recebeu dons particulares para seguir a Jesus de uma maneira particular, os religiosos seguem a Cristo mais de perto, alguns imitam Jesus quando rezam, outros quando pregam, outros quando fazem o bem às pessoas, etc., a maneira de seguir Cristo mais de perto é diferente em cada Instituto, é por isso que Deus dá a cada Instituto dons particulares".

O cânon 578 diz que devemos ser fiéis a essa particularidade, e, como nos tornamos fiéis aos dons particulares que o Espírito Santo nos concede? Observando fielmente a mente e os propósitos do fundador que se referem ao patrimônio do Instituto, que é formado por sua natureza, propósito, espírito e tradições sólidas, que são elementos concretos que indicam a forma como os membros do Instituto devem ser configurados a Cristo e assim fazendo deste modo visível para o mundo. É importante sublinhar que os dons que o Espírito Santo lhes dá para viver a vida religiosa são concretos e exigem uma fidelidade concreta, ou seja, se ele lhe dá o dom para ser uma Servidora, você tem que ser uma Servidora e não uma Carmelita, exemplo: se você recebe um carro, esse carro não é um carro genérico, é um carro concreto, e você tem que usá-lo, de acordo com essas características concretas e não como você quiser; Se você ganha uma Ferrari, não pode usá-la para transportar um container; se você ganha um caminhão, não pode usá-lo para uma corrida, ou seja, é algo concreto e tem uma maneira concreta de ser usado e ser fiel a esse dom implica ser fiel a essa maneira, portanto, você tem que ser fiel ao patrimônio de seu Instituto se quiser ser fiel à vida religiosa porque você recebeu esse dom. 

Portanto, a fidelidade à vida religiosa, que é fidelidade aos dons recebidos está ligada à fidelidade à própria congregação, as graças da perseverança virão até você através da própria congregação, a congregação é de alguma forma o elo através do qual a graça de viver a consagração religiosa virá até você. Um dos nossos documentos diz: "podemos, portanto, distinguir três níveis de discernimento ou três formalidades..." É um documento que fala dos candidatos à vida religiosa, mas que sem dúvida transcende o tema do discernimento, este documento pergunta se esse canditadato em particular tem  vocação, mas uma vocação para quê? para ser padre? mas não só isto, para ser religioso? tambèm não é só isto, ese candidato deve ter uma vocação para ser membro do IVE, devemos avaliar esta tripla vocação, se ele tem vocação para ser um de nós. Assim, podemos distinguir três níveis de discernimento, três formalidades que vão desde o mais genérico até o mais específico e concreto: vocação ao sacerdócio, vocação a ser religioso e vocação a ser religioso do IVE, estes três níveis não ocorrem separadamente, não são três vocações, senão uma, há uma informação mútua porque de fato o chamado divino é apenas um e é para um Instituto concreto, são elementos inseparáveis quando há uma verdadeira vocação, por isso estar tão profundamente unidos, desertar em um é geralmente um sinal de que um começa a desertar no outro; como é uma vocação, é um chamado, é um carro concreto, é uma unidade, mesmo que você veja formalidades diferentes são formalidades que na realidade concreta estão unidas em uma realidade, então quando você começa a desertar em uma dessas formalidades você está desertando na realidade concreta e, portanto, acaba desertando nas outras também. Portanto, se você não for fiel à sua congregação, acabará não sendo fiel à sua vida religiosa, assim como o ramo está unido à videira, assim devemos estar unidos à natureza, ao propósito, ao espírito e às sólidas tradições de nosso Instituto, o que significa estar unidos à mente do fundador. Essa unidade é expressa e assegurada nos votos, que não estabelecem condições para o futuro, então como expressar e assegurar essa fidelidade? nos votos! Eles não estabelecem condições para o futuro, assim como o casamento é um compromisso que não estabelece condições para o futuro, as condições podem ser para o presente, mas nunca para o futuro. Em outras palavras, "vou me casar porque ele me ama", eu não digo: "Vou me casar porque ele vai me amar em dez anos", porque você não sabe se essa pessoa vai realmente te amar em dez anos, mas você se casa e se compromete a amá-lo em dez anos, mas você não sabe se ele vai te amar ou não, porque você não sabe se vai ser cumprido ou não, portanto, você não pode assumir um compromisso para o futuro; E assim como o casamento é um compromisso que estabelece condições para o futuro, uma mulher pode transformar-se em gorda e feia ou adoecer e tornar-se leprosa, uma coisa realmente horrível! mas o compromisso continua, uma mulher pode até ser infiel e deixar seu marido, mas o compromisso continua, porque o compromisso não estabelece condições para o futuro; da mesma forma que você pode não gostar de seu superior, ou de seu parceiro ou de seu destino ou de seu trabalho, mas o compromisso continua para sempre, você pode até ver suas próprias misérias nas pessoas ao seu redor, mas o compromisso continua sempre. Ser fiel, portanto, à natureza, propósito, espírito e caráter de cada Instituto, bem como a suas sólidas tradições, que constituem o patrimônio do Instituto e são descobertas na mente e nos planos do fundador, conforme expresso em 578. Isso é o que nos faz perseverar na vida religiosa, no cumprimento dos votos. Bem, se refere a que aconteça o que acontecer, não há condições para o futuro.

As tradições sadias não são, segundo aqueles que compreendem, os costumes disciplinares, mas os elementos que estabelecem as características do Instituto no decorrer do tempo, e que ajudam os Superiores a expressá-los nos Diretórios. A natureza se refere a se é um Instituto religioso ou secular, clerical ou laico, contemplativo ou dedicado a obras de apostolado; o fim é o propósito do Instituto, seja em relação a Deus ou em relação às pessoas; o fim não é identificado com as atividades concretas, mas é o que é perseguido com as atividades concretas, que podem mudar, de acordo com as circunstâncias locais ou históricas, essas mudanças estão obviamente sempre dentro da mesma linha, portanto, o que significa o cânon 578 sobre a natureza, propósito e espírito, caráter, tradições  e patrimônio? uma carmelita não pode ser enviada pela superiora para fazer apostolado em um hospital porque ela tem uma certa natureza, ela tem que ser fiel à natureza; O fim refere-se a como servir a Deus e ajudar as pessoas, mas o fim não é identificado com as atividades concretas, portanto, pode ser que agora o Instituto faça atividades que não foram feitas quando você foi professado, isso pode acontecer, porque as atividades estão mudando, mas o que é preservado é o fim, então você não pode argumentar que quando eu fiz meus votos perpétuos não havia oratórios, (refere-se ao modo de apostolado com crianças e jovens criados por Dom Bosco) não havia Jornadas para os jovens, por exemplo, porque é o desenvolvimento das atividades em vista do fim, es decir, o fin não se identifica com as atividades concretas, senão é aquilo que se persigue com as atividades concretas que podem mudar segundo as circunstâncias do lugar ou das circunstâncias historicas, essas mudancas estarão sempre dentro de uma mesma linha.

O espírito consiste na maneira como o Instituto se comporta diante de Deus e dos homens e os sentimentos que animam comportamentos diferentes, indica a espiritualidade, a maneira de caminhar em direção a Deus, -em tudo isso estamos seguindo, esclareço, o livro de Helio Gambari, "O religioso"- o cânon não apenas indica os elementos próprios de um Instituto, mas fala de um vínculo, um dever obrigatório dos membros a esses elementos, os membros de um Instituto devem ser fiéis a eles e estes para seu próprio bem, para o bem do Instituto e para o bem da Igreja. Quando você não é fiel à natureza, propósito, espírito e caráter do Instituto, e não é fiel às sadias tradições e patrimônio, você obviamente está se arruinando porque todas as graças de sua vocação estão nessa linha por isso e não por nada mais, mas você está prejudicando o Instituto e está prejudicando a Igreja, você tem uma responsabilidade perante o Instituto e uma responsabilidade perante a Igreja.

O patrimônio do Instituto é um bem dado por Deus à Igreja, portanto, os membros têm o dever de cuidar dele valorizá-lo. Por que o Instituto pertence à Igreja? porque é um bem da Igreja! Por que o bispo tem que respeitar seu carisma e deixá-lo exercer o apostolado próprio de seu carisma nesta diocese? Porque é precisamente um bem da Igreja, não é apenas um bem do Instituto, pertence à Igreja, e é por isso que o bispo é de alguma forma obrigado a respeitá-lo, mas se é um bem da Igreja, também é preciso ser fiel a este carisma diante da Igreja, pois de outra forma estará prejudicando a Igreja. Os membros de um Instituto não são proprietários de seu patrimônio, por exemplo, se alguém diz: "este é meu Instituto, vou mudá-lo, agora vou me dedicar a outra coisa", todos votamos, unanimidade não só dos superiores, mas de cada um dos membros, os 5.000 estão todos de acordo em deixar o Instituto, es decir, os membros estão todos de acordo em deixar de ser contemplativos e passear todos os dias"  É isto democracia? Não! Porque eles não são os donos do patrimônio, o dono desse patrimônio é a Igreja, nem mesmo o próprio Instituto pode mudar seu patrimônio; os membros do Instituto não são os donos do Instituto, o Instituto é algo que pertence à Igreja. A justa autonomia que os Institutos têm é de fato uma ferramenta para eles conservarem seu patrimônio, não para mudá-lo, de modo que o Código lhe dá uma justa autonomia para defender o patrimônio, não para fazer o que você quiser com ele. Se este dever é abandonado e os membros do Instituto caem em um modo de vida meramente genérico, a Igreja é empobrecida, isto é algo que é muito, muito tratado, porque não pode ser, diz a Igreja, que todos os Institutos comecem a viver uma vida religiosa na qual os Institutos não sejam diferenciados, e que todos sejam religiosos fiéis à vida religiosa, mas com uma fidelidade meramente genérica, de tal forma que os carmelitas fiéis à vida religiosa, os claretianos fiéis à vida religiosa, mas não há diferença entre um e outro, se não há diferença é porque nenhum deles é fiel à sua especificidade, e se não são fiéis à sua especificidade deixarão de ser fiéis à vida religiosa e, além disso, tirarão a riqueza da Igreja; O abandono do próprio carisma e da vida religiosa em geral é um problema atual que a Santa Sé advertiu, por exemplo, em um documento da CIVCSVA de 1994, intitulado "Vida Fraterna em Comunidade", que diz o seguinte "A este respeito, foram apontadas algumas situações que em alguns anos prejudicaram e em algumas partes ainda prejudicam algumas comunidades religiosas: a modalidade indiferenciada, ou seja, sem a mediação específica de seu próprio carisma", - ou seja, se todas elas são freiras velhas, cada uma em seu próprio mosteiro, não têm mais escola, não têm mais hospitais, não têm mais nada e estão todas vivendo, fazem a mesma coisa! Em outras palavras, todas se levantam ao mesmo tempo, rezam e vão a dormir, e o que dizer de seu próprio carisma? não sobra nada! é a modalidade indiferenciada, sem a mediação específica de seu próprio carisma. "Ao considerar certas indicações da Igreja particular ou certas sugestões provenientes de diferentes espiritualidades..., vocês percebem o que a própria CIVCSVA diz?, que a vida religiosa se leziona, porquê os Institutos se tornam indiferenciados, e por quê? porque  não respeitam seu próprio carisma! E porque eles se tornam indiferenciados sem respeitar seu próprio carisma? Porque "certas indicações da Igreja particular", ou seja, indicações que vêm de fora para o Instituto, genéricas ou "certas sugestões vindas de diferentes espiritualidades", quando começam a dar conselhos de fora que nada têm a ver com seu carisma, tornando todas as congregações absolutamente uniformes, que arruínam a Congregação e fazem todas as monjas iguais.

Esta perda de carisma vem por várias razões, -continuo lendo o documento da CIVCSVA-: "Uma forma de pertencer a alguns movimentos eclesiais que expõe alguns religiosos a fenômenos ambíguos de dupla identidade... como um religioso que pertence a uma congregação religiosa, mas que também se torna membro de um certo movimento ou algo assim, por exemplo, uma religiosa Servidora que faz apostolado em uma paróquia em um grupo escoteiro e se torna escoteira (talvez isto não seja um exemplo, porque isso não  transformaria tanto, mas pode acontecer que uma freira se entusiasme muito com a ideia de se transformar em escoteira). Outra causa: 'uma certa acomodação à natureza própria dos leigos, nas relações indispensáveis ou muitas vezes frutíferas com eles, especialmente quando são colaboradores, por exemplo: você tem diferentes congregações que ajudam na paróquia ou têm apostolado na diocese ou trabalham em algum lugar... ou ajuda a uma Instituição e todas essas colaborações que têm com os leigos, muitas vezes fazem com que as religiosas se separem de seu próprio carisma e caiam na indiferença, e desta forma, em vez de oferecer o testemunho religioso como um dom fraterno que serve de fermento à sua autenticidade cristã, se tornam como eles, assumindo suas formas de ver e agir, reduzindo assim sua contribuição específica para sua própria Congregação; outra causa: "Uma excessiva condescendência às exigências da família, aos ideais da nação, da raça, da tribo, o que implica o perigo de orientar o carisma para posições e interesses partidários", porém, a guarda do patrimônio pode forçar uma saudável adaptação do mesmo, É lógico que se é preciso ser fiel à mente do fundador, é preciso saber adaptar o próprio Instituto, ou seja, ser fiel à mente do fundador é, o que o fundador faria com esse mesmo carisma hoje, aqui, para nós isso é fácil, mas imagine uma congregação que tem 500 anos. Isto é indicado em "Perfectae Cariatatis, 2" e "Evangelica Testificatio, 51"; no primeiro caso: "A adequada adaptação e renovação da Vida Religiosa compreende ao mesmo tempo o contínuo retorno à fonte de toda a vida cristã e à inspiração original dos Institutos e a acomodação dos mesmos às condições alteradas dos tempos", perceba que tudo isso é um jogo, é necessário retornar à inspiração original e ver os tempos atuais, Esta renovação deverá ser promovida sob o impulso do Espírito Santo e a orientação da Igreja, é para o bem da Igreja que todos os Institutos têm seu próprio caráter e finalidade, portanto, o espírito e a finalidade dos fundadores, assim como as sadias tradições, devem ser conhecidos e fielmente preservados, pois tudo isso constitui o patrimônio de cada um dos Institutos. Portanto, é necessário adaptar-se aos tempos, obviamente, mas sempre preservando.

No Evangelho Testificatio, 51: "Para renovar-se, a vida religiosa deve adaptar suas formas acidentais a certas mudanças que afetam as condições de toda a existência humana com rapidez e amplitude crescentes", é necessário adaptar-se, isto é, mas como chegar a isto mantendo a forma estável de vida reconhecida pela Igreja, mas através da renovação da vocação autêntica e integral de seus Institutos, pois um ser que vive a adaptação ao seu ambiente não consiste em abandonar sua verdadeira identidade, mas em fortalecer-se dentro da vitalidade que lhe é própria". Então é precisamente quando você percebe que está em um momento de adaptação que você tem que voltar às fontes, e quanto mais você tem que tranquilizá-las e dar-lhes a força para viver esta adaptação em fidelidade às suas raízes.



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1. Quem é o Padre Carlos Miguel Buela e o Verbo Encarnado

Mas, o que é o aspirantado?

* Escrito por uma ex ssvm dos Estados Unidos em ' Servidoras do Senhor (SSVM) - Informaç ão  e experiência ' em  relaç ão  a realidade do aspirantado em seu país. Eu por minha parte reforço meu conhecimento sobre este tema nos demais aspirantados das SSVM. * O aspirantado Resumo: As Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará dirigem o que elas chamam de "aspirantado", que são casas de formação para meninas de 14 anos, em tempo integral. Essas casas para meninas menores de idade s ão  exclusivas das SSVM e não fazem parte da tradição ou prática católica. Vemos pelas experiências pelos anos que passam que essas casas est ão  transformando-se em um ambiente disfuncional, consequências de esta conclusão é que, onde está sendo deficiente o discernimento das vocaç ões  adultas, como será nos casos de menores de idades colocadas baixo a responsabilidade de pessoas tao jovens, sem experiências em comportamento no periodo da infancia e  adolescencia, baixo a responsabilidades

Lista de sacerdotes que abandonam o IVE

Monsenhor Taussig e os abusos sexuais no IVE

Coletiva de imprensa de Mon. Taussig sobre o abuso sexual a um seminarista menor do IVE - 2016 Afinal o IVE n ão é diferentes de tantas outras Congregações que encobriram abusos sexuais. Tratam até hoje de encobrir e manipular as informações sobre os abusos do fundador, Carlos Buela. Por quê tanta adoração ao padre Buela? É lícito tentar enganar ao Papa, aos bispos, aos membros, às numerosas familias da Tercera Ordem, aos leigos, etc? É Lícito tentar criar esse ambiente de santidade ao redor de uma pessoa desonesta e imoral por mais que seja um sacerdote?  Aonde está o que abusou de Luis? Por quê foi protegido pelo IVE? Porque o IVE quis salvar a sua pele nessa historia. Denunciar a esse abusador era criar uma má fama a Congregação, preferiram encubrir e ordena-lo sacerdote. Esconder essa informação e ordenar a um abusador sexual? Nunca vai ser nossa a culpa em apontar os erros e abusos de uma pessoa por mais que seja ela um sacerdote, a culpa é somente dela por não tratar com dignidad

O sectarismo vocacional das Servidoras

Quero partilhar a minha experiência neste blog como mais um testemunho sobre as ações sectárias e abusivas que existem no seio da família religiosa das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará.  Para os que leram os outros testemunhos, podem ver por si próprios que há muitos pontos em comum, o que não é coincidência, mas prova de que assim é.  Eu era uma jovem que creía e praticava, com bastante formação religiosa. Apesar disso, nunca tive a intenção ou a vocação (falando na sua terminologia) de entrar num convento, e já houve muitos que se cruzaram no meu caminho. Nunca vi isso como uma opção para mim. 

"Experiência vocacional" no Noviciado do Verbo Encarnado

  Recebemos este testemunho enviado por um jovem vocacionado que, depois de ter feito uma experiência vocacional num seminario diocesano, quis conhecer de mais perto a vida religiosa num Instituto Religioso. Esse jovem a diferença de muitos outros percebeu que no IVE, infelizmente, não há processos de de discernimento vocacional. * Sou um jovem vocacionado e não revelarei o meu nome para guardar a minha imagem, mas gostaria de relatar aqui a minha experiência dos dias que passei no noviciado do Instituto do Verbo Encarnado, IVE. O que no início era para ter sido uma experiência de 11 dias, passei apenas 5 dias de exercícios espirituais e 3 dias de convivência no noviciado. Não estava sozinho, mas havia outros jovens que, juntamente comigo, estavam lá para uma experiência vocacional, ou seja, para que com a ajuda do superior pudéssemos discernir uma vocação à vida religiosa, mas nomes como: experiência vocacional ou discernimento como tal não foram utilizados, utilizavam a palavra con

2. Padre Buela: Visão de um leigo

Não quero extender-me em comentários, mas sem dúvida nenhuma este texto se merece. Um excelente resumo, claro, limpo, pelo menos até 2013, de uma história contada sem doses de fanatismos e de epopeya tão característicos do IVE e de seu fundador. Original em inglês Ive Info

Comissário Pontificio para o Verbo Encarnado

Por decreto da Santa Sé o governo geral do Instituto do Verbo Encarnado, IVE constituido pelo então superior geral Gustavo Nieto e seu conselho foi suprimido para ser nomeado um novo governo designado diretamente pela Santa Sé.  O novo governo está formado pelo cardeal espanhol Santos Abril y Castelló, comissário pontificio desde o ano 2016 e por sacerdotes de outras ordens religiosas designados pelo Vaticano para tentar solucionar os casos de abusos de autoridade e consciência que se vêm perpetrando desde a fundaçao. Ademais foram eleitos dois sacerdotes do IVE, os padres Ervens Menguelle e Diógenes Urquiza com a finalidade de facilitar a comunicação com os membros que desejam comunicar-se com as autoridades eclesiásticas.