É realmente difícil escrever sobre isso. É um olhar para trás e dar-nos conta de que enquanto você entrava de boa fé numa congregação, se entregava nas mãos de uns superiores que, supostamente te formariam, enquanto você procurava discernir honestamente a sua vocação, porque sentiu uma 'chamada' e essa chamada podia ser uma vocação religiosa; as superioras, formadoras e formadores, e até mesmo o fundador eram desonestos.
A mesma coisa acontecia da parte dos seminaristas às irmãs. Os formadores do seminario ensinavam a desprezar-nos, a humilhar-nos, inclusive nas frentes dos leigos, quem viveu na Argentina sabe do que eu estou falando.
Dizia-se que havia que manter a distância por motivos de castidade, éramos jovens, por tanto, havia que evitar a tentação, -um distanciamento e uma tentação que não soube evitar nem mesmo fundador-.
Alguma que tenha vivido na Argentina se lembrará das Jornadas Tomistas feitas no seminario, onde sempre havia um seminarista filmando. No momento da pausa para o descanso e para tomar-nos um cafe -lógicamente em mesas separadas, e jamais uma irmã poderia ir a buscar algo na mesa dos seminaristas e vice versa- se acaso podíamos acercar-nos e cumprimentar a um sacerdote, mas nunca a um seminarista. Muitas vezes, com a permissão dos superiores os seminaristas colocavam sal nos cafés e no lugar do açúcar nas mesas das irmãs, o seminarista encarregado filmava e logo na hora da recreação se juntavam, padres, seminaristas e até mesmo o fundador a assistir o que haviam filmado. Infantilismo? Sim e muito! Havia que crescer na virtude de um modo ridículo! Essa prática na virtude não ensina a Igreja, ensina Carlos Buela.
Lembro-me que essas jornadas filosóficas era de um nivel que não todas as irmãs compreendiam, pois estávamos nos inicios da formação, mas sempre havia alguma que, por suposto, estava mais adiantada e podia fazer perguntas (uma ou duas perguntas, não mais), presenciei uma cena numa dessas jornadas, onde estava presente uma superiora, recém chegada de Roma e se havia licenciado en filosofia. Lógicamente sabia expor as dúvidas e falar sobre o tema, não só fez uma pergunta, mas umas quantas, e em um determinado momento escutei de um dos formadores do seminario: "E se a mandamos pra cozinha a lavar a louça?"
Exemplos há muitos. O que se pode conseguir com a intimidação, com o acoso, senão rebaixar a pessoa e sua auto estima? Por que havia que impor a lei do mais forte?
O texto a continuação que encontrei em Chat de Café, é uma prova disso. O acoso segue, inclusive segue, por aqueles que se não sofreram (ou não viram) nenhuma experiência negativa e dão por certo a santidade do IVE e do seu fundador.
A ameaça, o acoso e a insensata cegueira vêm, inclusive, dos membros leigos que o fazem com as mesmas expressões utilizadas dentro do VE.
Se o IVE faz isso de modo consciente ou não, eu não sei, mas posso afirmar que se trata de uma cadeia, porque ninguém manipula sozinho! e é também certo que eles nao se deixam corregir, porque assim quer o padre Buela!
Continuará...
Intimidar
Ameaças, insultos, zombarias, causar o medo... Há um par deles que continuam com comentarios, e-mails procurando intimidar algumas das pessoas que escrevem neste blog de uma forma pessoal. Identificam-se como antigos membros do Instituto do Verbo Encarnado e admiradores do mesmo. Por alguma razão, não escrevem sobre suas experiências felizes, mas insultam e ameaçam os administradores deste blog que tiveram experiências negativas dentro do IVE. O bullying não leva a nenhuma solução, não lança nenhuma luz, coloca a todos na defensiva e é o comportamento mais criticado e um dos meios de exercer pressão no IVE.
O bullying é um comportamento instintivo em animais e é causado pela competitividade principalmente sexual que existe entre os machos. Entre os humanos, o bullying ocorre como conseqüência da busca de domínio em cenários sociais e interação social. O uso do bullying ocorre em graus variados na interação humana e está mais notavelmente presente na infância ou entre indivíduos imaturos. Pode ser empregado consciente ou inconscientemente, e uma porcentagem das pessoas que o empregam conscientemente pode fazê-lo como resultado de ter racionalizado idéias de apropriação, utilidade ou auto-afirmação.
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